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sexta-feira, 31 de maio de 2013
RELAÇÃO ENTRE O CORPO E A PSIQUÊ
A RELAÇÃO ENTRE O CORPO E A PSIQUÊ
Rosemeire Zago
"Não é um corpo, não é uma alma, é um homem" Montaigne
Você já teve uma dor de garganta ou ficou rouco logo depois de uma situação a qual você foi insultado, humilhado e nada conseguiu responder? Quantas vezes queremos responder a uma crítica, um comentário, um insulto, mas nos calamos para evitar maiores conseqüências ou por não conseguirmos responder? Ou ainda, você já teve dor de estômago, gastrite, úlcera, e ouviu dizer que era por tantos sapos que havia engolido? O "sapo", no caso, foram os desaforos ouvidos e engolidos. Quantas vezes você quis vomitar uma situação? Analise você mesmo como suas emoções causam mudanças imediatas em seu físico. Lembre-se da vez em que ficou tão nervoso que teve uma diarreia. Ou ainda, quando ficou muito tenso e sentiu dor de cabeça. E quando ficou com uma alergia horrível durante anos e ninguém descobria a causa? Com um pouco de autoconhecimento podemos perceber que nosso corpo reflete nossas emoções, principalmente aquelas que reprimimos.
Existe uma área da medicina, a Psicossomática, a qual estuda as relações mente-corpo, a influência dos fatores psíquicos nos distúrbios físicos, e que profissionais da área da medicina e psicologia recorrem para entender a origem de determinadas doenças, as quais não estão incluídas as hereditárias, genéticas e as causadas por fatores do meio ambiente, porém, os danos podem ser aumentados em decorrência da tensão psíquica, onde o estado emocional freqüentemente pode determinar o curso da doença. Mas ainda há, infelizmente, muitos profissionais da área da saúde, que buscam entender apenas a doença e não a pessoa como um todo, desprezando completamente o ser humano em sua totalidade, recorrendo a paliativos que distanciam ainda mais o encontro da causa e dificultando ainda mais a remissão da doença. Muitas vezes, a própria pessoa prefere um medicamento em substituição a uma psicoterapia ou outro recurso que a ajude a trabalhar sua psique. A medicação é considerada por muitos como a melhor solução, talvez a mais fácil, e a maioria das pessoas quer soluções rápidas e mágicas. É evidente que em muitos casos a medicação se torna imprescindível, mas é preciso entender que nem sempre elimina a causa, sendo apenas um paliativo que alivia os sintomas. É importante observar se, por trás do mal físico que o aflige, há questões psicológicas sobre as quais se pode interferir.
Mas o que faz realmente com que adoeçamos? Reprimir sentimentos é uma das causas mais significativas para a causa dos males no corpo, ou seja, as doenças surgem e se agravam por causa da dificuldade das pessoas expressarem seus sentimentos, sendo muito mais suscetíveis a manifestarem no corpo o que não estão conseguindo resolver na psique. O fator que leva ao surgimento de sintomas somáticos ou ao agravamento de doenças é a queda na imunidade, pois as emoções atingem primeiramente o sistema imunológico. É comum quando se está enfrentando um conflito, a pessoa ficar com gripe ou surgir um herpes, que surgem quando a imunidade abaixa. Ou seja, qualquer distúrbio orgânico tem ligação com estados emocionais, conscientes ou inconscientes, recentes ou não.
Quantas vezes pensamos ter resolvido um problema que nos aflige, quando na verdade, apenas o deixamos de lado, deixando guardados em nosso coração, mágoas, ressentimentos, raiva, frustrações, que ao longo dos anos vão se somando? Não é o fato de não falarmos ou pensarmos sobre algo que nos machucou que isso quer dizer que não machuca mais, pode simplesmente ter sido reprimido em nosso inconsciente, e mesmo não pensando sobre ele conscientemente, nosso inconsciente continua a atuar.
O corpo é como uma tela onde as emoções são projetadas. E as emoções negativas são projetadas em forma de doenças. Essas somatizações acontecem a curto ou longo prazo, onde cada mente e corpo reage de acordo com seu próprio tempo, e todos os sentimentos negativos que vamos reprimindo podem dar origem as doenças se guardados por muito tempo. Por isso, devemos resolver as questões que nos aflige, aborrece, evitando assim que nosso inconsciente se comunique através da linguagem do corpo, pois é fato que o fator psíquico predomina, constituindo a origem de quase todas, senão todas, as doenças adquiridas ao longo da vida.
Psicossomática II: O sintoma como expressão da alma
O melhor remédio para o homem é o homem.
O mais alto grau da cura é o amor.
Paracelso
Quando ficamos parados, estagnados, acomodados, muitas vezes recebemos sinais através de nosso corpo que é preciso fazer algo. Os sintomas, assim como as doenças, geralmente nos trazem uma mensagem que é preciso olhar para dentro de nós mesmos e perceber onde paramos, onde deixamos de crescer. Adoecemos quando nos desviamos da essência, da busca, quando deixamos essencialmente de trocar. Quando não há troca, se morre. Já percebeu que quando duas pessoas envolvidas emocionalmente param de trocar, o relacionamento adoece ou acaba? O mesmo acontece conosco. Se há estagnação, não há evolução e surge a doença. O sintoma é uma denúncia que não está tendo troca em alguma área da vida. Quando há um sintoma e/ou doença é importante questionar onde parou de evoluir, trocar. Nossa sociedade não busca a troca, mas o acúmulo. Quando não há troca, evolução, há estagnação, doença, morte. Vida é evoluir, trocar. Observe sua vida e responda a si mesmo: Em que aspecto de minha vida não há mais troca? Há seis instâncias humanas que refletem como estamos agindo diante da vida, elas são:
- físico
- sentimental/emocional
- espiritual
- profissional
- familiar
- social
Em que área de sua vida não tem havido troca e crescimento? Será que está dando mais atenção a uma área para fugir de outra que se encontra em conflito? Por exemplo, é muito comum uma pessoa trabalhar em excesso, saindo cedo e chegando tarde em casa, evitando confrontar com as dificuldades que existem no ambiente familiar, ou até, se sobrecarregar, ter muitos compromissos, evitando pensar e entrar em contato com os próprios sentimentos. Pode também acontecer de haver um conflito familiar que se reflete na relação afetiva. Ou ainda, um conflito interno, pessoal e que se reflete em alguma área. Ou seja, quando há um conflito, ainda que não seja percebido ou vivenciado de maneira consciente e negamos, esse conflito pode se refletir em nosso físico, pois nosso inconsciente sabe muito bem tudo que sentimos.
O meio de expressão do corpo é a linguagem simbólica, apesar de que muitos jamais cheguem a compreender o que lhes diz o próprio corpo. E os sintomas são expressões simbólicas que, de forma violenta, violam e denunciam conflitos não resolvidos da alma, mas muitas pessoas preferem tomar um comprimido a ter que se confrontar e aprofundar na busca das causas de seus conflitos. Escolhem terceirizar a responsabilidade da cura para o médico, os remédios, sem perceber que a capacidade de cura está dentro delas mesmas. Mas quando um sintoma se manifesta no corpo, chama atenção e interrompe muitas vezes a continuidade do caminho que estávamos até então percorrendo, muitas vezes como um sinal de advertência, indicando que alguma coisa não está em ordem, não está havendo harmonia em alguma área de sua vida, ou ainda, como reflexo de todo um histórico.
O sintoma nos avisa que estamos doentes e que o equilíbrio de nossas forças interiores está comprometido. É quando devemos desviar o olhar do sintoma e examinar tudo com mais profundidade, a fim de compreender para que o sintoma está apontando. O sintoma nos informa que está faltando alguma coisa. Isso nos leva a perguntar: O que está faltando? Ou, estou no caminho certo?
Como disse o escritor Peter Altenberg: A doença é o grito de uma alma agredida. Ao surgir uma doença, observe seus sintomas e pense onde sua alma foi agredida, e porque permitiu que isso acontecesse. Analise com precisão em que momento surgiu o problema. Tente lembrar-se de sua situação de vida, seus pensamentos, sonhos, dos acontecimentos e das notícias que recebeu, pois tudo isso pode ter contribuído para o surgimento do sintoma. O ponto exato no tempo em que o sintoma se manifesta pode nos dar informações importantes. Um sintoma geralmente tem mais do que um significado e serve para simbolizar diversos processos inconscientes. Raramente há uma única causa para resultar num sintoma.
Na verdade, quando ficamos parados, adoecemos porque existe algo mais forte, a nossa essência, o self, nosso verdadeiro eu, que nos impulsiona para o crescimento, é quando o inconsciente começa a exigir uma evolução da vida. Enquanto houver a negação do conflito, ele buscará uma forma de se manifestar com o intuito de ser confrontado e elaborado, surgindo os sintomas físicos e psíquicos. Os sintomas são partes da sombra da nossa consciência que se precipitaram em forma física. É no sintoma que se manifesta aquilo que nos faz falta. Ou seja, as doenças e seus sintomas são sinais de alarme de nossa psique nos avisando que há algo muito mais profundo pedindo atenção, e cabe a cada um de nós entendermos a linguagem do próprio corpo. Lembre-se: a doença é um ato criativo da alma buscando a vida, ou o amor. Pense nisso!
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Para entendermos mais sobre esse assunto tão importante e que diz respeito a todos nós, sugerimos e destacamos para estudos o conteúdo do quarto parágrafo. Segundo a autora do texto, "coisas de Iarinha" são as causas que dão origem `muitas enfermidades. Minha amiga Iara, desejo parabenizá-la pela excelente página e desejar-lhe muito êxito, Saúde e Paz em sua vida.
ResponderExcluirGRATIDÃO DOACÍLIO SOUZA, FICO MUITO FELIZ QUE ESTEJA GOSTANDO.
ResponderExcluirUM GRANDE ABRAÇO
IARINHA