sexta-feira, 24 de maio de 2013

VENCER O MEDO



VENCER O MEDO

Desconheço o autor

O que é o medo?
Medo é um sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário. Isso mesmo, podemos sentir medo tanto diante de fatos reais, como o que sentimos diante de um cão bravo, como medo de “coisas imaginadas” tais como medo de um “ataque alienígena”, medo de alma penada, medo de duendes, gnomos etc. 
É um sentimento natural e necessário ao homem. O problema é quando ele começa a causar sofrimento e a prejudicar a vida e a carreira da pessoa.
O coração dispara e a respiração se torna ofegante. Ondas de calor percorrem todo o corpo, as mãos tremem e a transpiração é tão intensa que as pessoas logo percebem sua agitação. Você tem tudo na ponta da língua para a reunião, mas, na hora H, mal consegue balbuciar uma ou duas palavras. E aquela sua grande ideia, que você não teve coragem de apresentar ao longo do encontro, é finalmente sugerida por um colega e saudada por todos como a grande solução do problema. A reunião termina e você permanece ali, frustrado e sentindo-se um banana. Uma única pergunta o atormenta: "Por que eu não falei? Por quê?"
A resposta não é nenhum mistério. Não falou porque teve medo. Medo das coisas que você imaginou que poderiam acontecer: Medo de que achassem a ideia descabida. Medo de que o considerassem incompetente. Medo de dar vexame.
São muitas as histórias de profissionais talentosos que estragaram a carreira por causa do medo, assim como são inúmeros os exemplos de pessoas não tão brilhantes que, por saberem administrar bem seus medos, alcançaram posições de destaque na sociedade.
É esta a questão: o problema não é o medo, o problema é não saber administrar o medo. Porque não há nada de errado em sentir medo. Trata-se, aliás, de um sentimento fundamental na vida do se humano.
É o medo de sermos atropelados, por exemplo, que nos faz olhar para os dois lados da rua antes de atravessá-la. Da mesma forma, é o medo de não cumprir o prazo dado pelo chefe que nos obriga a concentrar esforços e muitas vezes trabalhar até tarde para dar conta do recado. Até o medo de errar é normal e natural.
O problema é quando ele se torna exagerado e vem associado a outros fatores como insegurança, baixa auto-estima e depressão. É nesse estágio que o medo deixa de ser um sentimento primário (como o amor e a raiva), para tornar-se algo mais complexo que necessita de cuidados.

A fisiologia do medo
Toda e qualquer emoção tem uma representação no cérebro, que é mediada por neurotransmissores, entre eles a noradrenalina, a serotonina e a dopamina.
A fisiologia do medo se inicia nas amígdalas (estruturas que nada têm a ver com as da garganta), que têm o formato de uma noz e ficam próximas à região das têmporas. Elas identificam uma situação ou objeto do qual se deve tomar cuidado e enviam ao hipotálamo o sinal para a produção dos neurotransmissores. A partir daí, começam as reações no organismo que nos deixam em estado de alerta para agir, enfrentando ou fugindo da situação.
As amígdalas estão presentes na maioria dos animais. São elas, por exemplo, que fazem com que um cervo reconheça o perigo e fuja de seu predador.
O que diferencia o homem dos outros animais é que ele é o único ser capaz de ter medo do medo. Isso acontece porque o homem é o único animal que consegue “imaginar”. E a imaginação, como dizia Einstein, é mais forte que o conhecimento.
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A maior parte dos medos relacionados ao dia-a-dia no trabalho faz parte de um dos grupos mais comuns de fobias, chamadas de sociais, que nada mais são do que o medo de outras pessoas.
O fóbico social tem dificuldade de se relacionar, não consegue olhar nos olhos do seu interlocutor, paquerar, conversar naturalmente com seus superiores, falar em público, apresentar idéias ou sugestões em reuniões de trabalho, compartilhar tarefas.
A característica mais marcante desse tipo de fobia é o medo que a pessoa tem do julgamento dos outros. “O que vão pensar de mim?” O fóbico social muitas vezes é um perfeccionista. Como é impossível agradar a 100% das pessoas, ele prefere se omitir. Dessa forma, não se expõe em reuniões, não faz apresentações em público, não contesta a ideia dos outros. Isso vai prejudicando o desempenho no trabalho e pode comprometer seriamente sua carreira.
Você já parou para se perguntar por que os adolescentes têm uma facilidade muito maior para dominar novas tecnologias do que os adultos? Simples: ao contrário dos adultos, eles não têm medo de errar. Se fracassam na primeira vez, tentam novamente, sem maiores dramas. E com isso aprendem e se desenvolvem com rapidez espantosa. Enquanto isso, os mais velhos ficam travados pela autocrítica, como se tivessem a obrigação de acertar sempre. Não é a toa que muitas vezes o indivíduo recusa trabalhos e desafios mesmo tendo capacidade de encará-los. Passamos a nos vigiar em excesso e a vida vai ficando limitada.

De onde vêm as fobias
É comum as pessoas acreditarem que os traumas têm grande influência no desenvolvimento de fobias, mas isso não costuma ser verdade. Segundo os especialistas, somente em 20% dos casos é possível encontrar algum trauma que justifique o surgimento da fobia. Mas há quem defenda a tese de que esse trauma já é a primeira manifestação fóbica da pessoa.
A predisposição genética, por sua vez, é um fator importante, embora não seja assim tão relevante no caso das fobias sociais. Nas fobias específicas, como medo de sangue, agulhas ou animais, há identificação de histórico familiar em cerca de 70% dos casos, o que pode também referir um caso de “transferência”, ou seja, a criança percebe o pavor dos pais e o incorpora no subconsciente.
Já nas fobias sociais, são poucos os casos de traumas anteriores. Os fatores que estão mais diretamente associados ao desenvolvimento desse tipo de fobia são basicamente três:
1 - ambientais (como doenças na infância ou isolamento da criança),
2 - educacionais (pais que educam os filhos com excessiva preocupação sobre o que os outros vão pensar do comportamento deles)
3 - e modelação (quando os pais têm algum tipo de fobia social e a criança aprende a se comportar de maneira igual).

Os prejuízos do medo não se limitam apenas ao profissional. As empresas também perdem muito.
O fóbico social geralmente cuida exaustivamente de cada detalhe de seu trabalho. Revisa tudo várias vezes e sempre pesa os prós e os contras. Com tanto esmero, as chances de que tudo saia exatamente como ele planejou são grandes. A possibilidade de erro é mínima. Só que quem sofre desse tipo de fobia não tem coragem de dar o chamado pontapé inicial. E aí, idéias que poderiam ser a tão esperada solução para a organização (ou para sua própria vida) ficam eternamente guardadas na gaveta.
Alguns especialistas admitem que a melhor forma de superar o medo é enfrentá-lo, por pior que isso possa parecer. Outros, entretanto, sugerem que em vez do enfrentamento, o ideal é corrigir os condicionamentos que levam a pessoa a reagir com grande medo diante de certos estímulos.
Por exemplo: a pessoa que tem medo de falar em público, tem associadas no seu subconsciente as imagens de “exposição em público” com as imagens de “fracasso”, “vaias” etc. Assim, toda vez que se imagina falando em público, experimenta (por conta da sua imaginação) sensações bastante desagradáveis. O que ela evita, portanto, são as sensações desagradáveis, não o público que vai ouvi-lo. Este é o seu problema.
Pra você evitar ou minimizar seus medos precisa, antes de tudo, mudar suas reações. E isso você pode fazer condicionando sua mente a reagir da forma como gostaria que fosse. 


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