sexta-feira, 31 de maio de 2013

RELAÇÃO ENTRE O CORPO E A PSIQUÊ


A RELAÇÃO ENTRE O CORPO E A PSIQUÊ 

 Rosemeire Zago  


"Não é um corpo, não é uma alma, é um homem" Montaigne

Você já teve uma dor de garganta ou ficou rouco logo depois de uma situação a qual você foi insultado, humilhado e nada conseguiu responder? Quantas vezes queremos responder a uma crítica, um comentário, um insulto, mas nos calamos para evitar maiores conseqüências ou por não conseguirmos responder? Ou ainda, você já teve dor de estômago, gastrite, úlcera, e ouviu dizer que era por tantos sapos que havia engolido? O "sapo", no caso, foram os desaforos ouvidos e engolidos. Quantas vezes você quis vomitar uma situação? Analise você mesmo como suas emoções causam mudanças imediatas em seu físico. Lembre-se da vez em que ficou tão nervoso que teve uma diarreia. Ou ainda, quando ficou muito tenso e sentiu dor de cabeça. E quando ficou com uma alergia horrível durante anos e ninguém descobria a causa? Com um pouco de autoconhecimento podemos perceber que nosso corpo reflete nossas emoções, principalmente aquelas que reprimimos.

Existe uma área da medicina, a Psicossomática, a qual estuda as relações mente-corpo, a influência dos fatores psíquicos nos distúrbios físicos, e que profissionais da área da medicina e psicologia recorrem para entender a origem de determinadas doenças, as quais não estão incluídas as hereditárias, genéticas e as causadas por fatores do meio ambiente, porém, os danos podem ser aumentados em decorrência da tensão psíquica, onde o estado emocional freqüentemente pode determinar o curso da doença. Mas ainda há, infelizmente, muitos profissionais da área da saúde, que buscam entender apenas a doença e não a pessoa como um todo, desprezando completamente o ser humano em sua totalidade, recorrendo a paliativos que distanciam ainda mais o encontro da causa e dificultando ainda mais a remissão da doença. Muitas vezes, a própria pessoa prefere um medicamento em substituição a uma psicoterapia ou outro recurso que a ajude a trabalhar sua psique. A medicação é considerada por muitos como a melhor solução, talvez a mais fácil, e a maioria das pessoas quer soluções rápidas e mágicas. É evidente que em muitos casos a medicação se torna imprescindível, mas é preciso entender que nem sempre elimina a causa, sendo apenas um paliativo que alivia os sintomas. É importante observar se, por trás do mal físico que o aflige, há questões psicológicas sobre as quais se pode interferir.

Mas o que faz realmente com que adoeçamos? Reprimir sentimentos é uma das causas mais significativas para a causa dos males no corpo, ou seja, as doenças surgem e se agravam por causa da dificuldade das pessoas expressarem seus sentimentos, sendo muito mais suscetíveis a manifestarem no corpo o que não estão conseguindo resolver na psique. O fator que leva ao surgimento de sintomas somáticos ou ao agravamento de doenças é a queda na imunidade, pois as emoções atingem primeiramente o sistema imunológico. É comum quando se está enfrentando um conflito, a pessoa ficar com gripe ou surgir um herpes, que surgem quando a imunidade abaixa. Ou seja, qualquer distúrbio orgânico tem ligação com estados emocionais, conscientes ou inconscientes, recentes ou não.

Quantas vezes pensamos ter resolvido um problema que nos aflige, quando na verdade, apenas o deixamos de lado, deixando guardados em nosso coração, mágoas, ressentimentos, raiva, frustrações, que ao longo dos anos vão se somando? Não é o fato de não falarmos ou pensarmos sobre algo que nos machucou que isso quer dizer que não machuca mais, pode simplesmente ter sido reprimido em nosso inconsciente, e mesmo não pensando sobre ele conscientemente, nosso inconsciente continua a atuar.

O corpo é como uma tela onde as emoções são projetadas. E as emoções negativas são projetadas em forma de doenças. Essas somatizações acontecem a curto ou longo prazo, onde cada mente e corpo reage de acordo com seu próprio tempo, e todos os sentimentos negativos que vamos reprimindo podem dar origem as doenças se guardados por muito tempo. Por isso, devemos resolver as questões que nos aflige, aborrece, evitando assim que nosso inconsciente se comunique através da linguagem do corpo, pois é fato que o fator psíquico predomina, constituindo a origem de quase todas, senão todas, as doenças adquiridas ao longo da vida.
Psicossomática II: O sintoma como expressão da alma

O melhor remédio para o homem é o homem.
O mais alto grau da cura é o amor.
Paracelso

Quando ficamos parados, estagnados, acomodados, muitas vezes recebemos sinais através de nosso corpo que é preciso fazer algo. Os sintomas, assim como as doenças, geralmente nos trazem uma mensagem que é preciso olhar para dentro de nós mesmos e perceber onde paramos, onde deixamos de crescer. Adoecemos quando nos desviamos da essência, da busca, quando deixamos essencialmente de trocar. Quando não há troca, se morre. Já percebeu que quando duas pessoas envolvidas emocionalmente param de trocar, o relacionamento adoece ou acaba? O mesmo acontece conosco. Se há estagnação, não há evolução e surge a doença. O sintoma é uma denúncia que não está tendo troca em alguma área da vida. Quando há um sintoma e/ou doença é importante questionar onde parou de evoluir, trocar. Nossa sociedade não busca a troca, mas o acúmulo. Quando não há troca, evolução, há estagnação, doença, morte. Vida é evoluir, trocar. Observe sua vida e responda a si mesmo: Em que aspecto de minha vida não há mais troca? Há seis instâncias humanas que refletem como estamos agindo diante da vida, elas são:
- físico
- sentimental/emocional
- espiritual
- profissional
- familiar
- social

Em que área de sua vida não tem havido troca e crescimento? Será que está dando mais atenção a uma área para fugir de outra que se encontra em conflito? Por exemplo, é muito comum uma pessoa trabalhar em excesso, saindo cedo e chegando tarde em casa, evitando confrontar com as dificuldades que existem no ambiente familiar, ou até, se sobrecarregar, ter muitos compromissos, evitando pensar e entrar em contato com os próprios sentimentos. Pode também acontecer de haver um conflito familiar que se reflete na relação afetiva. Ou ainda, um conflito interno, pessoal e que se reflete em alguma área. Ou seja, quando há um conflito, ainda que não seja percebido ou vivenciado de maneira consciente e negamos, esse conflito pode se refletir em nosso físico, pois nosso inconsciente sabe muito bem tudo que sentimos.

O meio de expressão do corpo é a linguagem simbólica, apesar de que muitos jamais cheguem a compreender o que lhes diz o próprio corpo. E os sintomas são expressões simbólicas que, de forma violenta, violam e denunciam conflitos não resolvidos da alma, mas muitas pessoas preferem tomar um comprimido a ter que se confrontar e aprofundar na busca das causas de seus conflitos. Escolhem terceirizar a responsabilidade da cura para o médico, os remédios, sem perceber que a capacidade de cura está dentro delas mesmas. Mas quando um sintoma se manifesta no corpo, chama atenção e interrompe muitas vezes a continuidade do caminho que estávamos até então percorrendo, muitas vezes como um sinal de advertência, indicando que alguma coisa não está em ordem, não está havendo harmonia em alguma área de sua vida, ou ainda, como reflexo de todo um histórico.

O sintoma nos avisa que estamos doentes e que o equilíbrio de nossas forças interiores está comprometido. É quando devemos desviar o olhar do sintoma e examinar tudo com mais profundidade, a fim de compreender para que o sintoma está apontando. O sintoma nos informa que está faltando alguma coisa. Isso nos leva a perguntar: O que está faltando? Ou, estou no caminho certo?

Como disse o escritor Peter Altenberg: A doença é o grito de uma alma agredida. Ao surgir uma doença, observe seus sintomas e pense onde sua alma foi agredida, e porque permitiu que isso acontecesse. Analise com precisão em que momento surgiu o problema. Tente lembrar-se de sua situação de vida, seus pensamentos, sonhos, dos acontecimentos e das notícias que recebeu, pois tudo isso pode ter contribuído para o surgimento do sintoma. O ponto exato no tempo em que o sintoma se manifesta pode nos dar informações importantes. Um sintoma geralmente tem mais do que um significado e serve para simbolizar diversos processos inconscientes. Raramente há uma única causa para resultar num sintoma.

Na verdade, quando ficamos parados, adoecemos porque existe algo mais forte, a nossa essência, o self, nosso verdadeiro eu, que nos impulsiona para o crescimento, é quando o inconsciente começa a exigir uma evolução da vida. Enquanto houver a negação do conflito, ele buscará uma forma de se manifestar com o intuito de ser confrontado e elaborado, surgindo os sintomas físicos e psíquicos. Os sintomas são partes da sombra da nossa consciência que se precipitaram em forma física. É no sintoma que se manifesta aquilo que nos faz falta. Ou seja, as doenças e seus sintomas são sinais de alarme de nossa psique nos avisando que há algo muito mais profundo pedindo atenção, e cabe a cada um de nós entendermos a linguagem do próprio corpo. Lembre-se: a doença é um ato criativo da alma buscando a vida, ou o amor. Pense nisso!

ATITUDES QUE DRENAM ENERGIA


ATITUDES QUE DRENAM ENERGIA


1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoeno um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada.
O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: "bons tempos aqueles!", costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica "energeticamente obeso", carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro "escape" de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe "diz" inconscientemente: "você não me terminou! Você não me terminou!" Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

http://peroquelashay.blogspot.com

ANTIGA BENÇÃO CELTA



ANTIGA BENÇÃO CELTA


Que o caminho venha ao teu encontro.

Que o vento sempre sopre às tuas costas 
e a chuva caia suave sobre teus campos.

E até que voltemos a nos encontrar,
que Deus te sustente suavemente na palma de sua mão.

Que vivas todo o tempo que quiseres
e que sempre possas viver plenamente.

Lembra sempre de esquecer as coisas que te entristeceram,
porém nunca esqueças de lembrar aquelas que te alegraram.

Lembra sempre de esquecer os amigos que se revelaram falsos,
porém nunca esqueças de lembrar aqueles que permaneceram fiéis

Lembra sempre de esquecer os problemas que já passaram,
porém nunca esqueças de lembrar as bênçãos de cada dia.

Que o dia mais triste de teu futuro
não seja pior que o dia mais feliz de teu passado.

Que o teto nunca caia sobre ti
e que os amigos reunidos debaixo dele nunca partam.

Que sempre tenhas palavras cálidas em um anoitecer frio,
uma lua cheia em uma noite escura,
e que o caminho sempre se abra à tua porta

Que vivas cem anos, com um ano extra para arrepender-te.

Que o Senhor te guarde em sua mão, e não aperte muito seus dedos.

Que teus vizinhos te respeitem, os problemas te abandonem,
os anjos te protejam, e o céu te acolha.
E que a sorte das colinas Celtas te abrace.

Que as bênçãos de São Patrício te contemplem.

Que teus bolsos estejam pesados e teu coração leve.

Que a boa sorte te persiga, e a cada dia e
cada noite tenhas muros contra o vento,
um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo,
risadas que consolem aqueles a quem amas,
e que teu coração se preencha com tudo o que desejas.

Que Deus esteja contigo e te abençoe,
que vejas os filhos de teus filhos,
que o infortúnio te seja breve e te deixe rico de bênçãos.

Que não conheças nada além da felicidade, deste dia em diante.


Que Deus te conceda muitos anos de vida;
com certeza Ele sabe que a terra não tem anjos suficientes…
...e assim seja a cada ano, para sempre!

AMÉM.

O BEM GERA O BEM


O BEM GERA O BEM, O MAL GERA O MAL

Livro Tudo Pelo Melhor – Calunga

Quem está no bem, portanto, gera o bem. Quem está no mal gera o mal, mesmo que você esteja fazendo malvadezas, por achar que a maneira de se defender. É sempre assim. Não é por julgar que tem um bom propósito que você vai escapar das conseqüências.
Ora, se não fizer o bem, as coisas que realmente dão felicidade e alegria na vida, você vai ficar estancado. E como está no mal, acaba atraindo negatividade pra você. Repare minha gente, nas energias negativas que os atacam. Você está bem e de repente, começa a sentir um desânimo:
- Ah, pra que eu vou lá? Mas pra que eu vou fazer isso, hein?
É a crise do "pra quê", do desânimo. É a morte da alma, que é o ânimo. Ela vai matando a alma, porque você está crendo na negatividade.
- Ah, Calunga, tudo é difícil. Melhor ficar quieta aqui para não arrumar muito problema.
- Que tudo é difícil, minha filha? Tenha vergonha na cara! Não há nada difícil. É você que está se hipnotizando com negatividade. Vamos embora, com ânimo. Nada é difícil, não! Tudo se arranja.

Depois, ninguém faz nada na vida sozinho, porque Deus em nós, as forças do inconsciente estão sempre conosco, trabalhando para nós quando confiamos nelas. Se não confiarmos, Deus perde o contato. É que nem rádio. Se não apertar o botão, não enfiar o fio na tomada, vocês não vão me escutar. Confiar em Deus é o fio que nos liga à estação central do suprimento divino. E, além disso, tem que sintonizar na hora certa, senão não vão me ouvir. Pensar no bem que se quer é sintonizar com as faixas positivas do universo. Não tem que fazer tudo isso? Tudo não tem um jeito de? Então, Deus também só funciona assim. Primeiro, o jeito de funcionar é se ligar; segundo, é confiar; e terceiro é pensar no bem. É mesmo, quantas vezes eu vou confiante de que alguma coisa de bom a vai acontecer. Na hora H alguma coisa acontece a meu favor. Eu vou sempre ligado na tomada de Deus, pegando na mão de Deus, que são as forças inconscientes favoráveis. Eu vou mesmo, sem pensar em besteira, em maldade. Se pensar se vai dar certo é porque já está maliciando que é capaz de não dar, então não pense em nada.
* Eu vou é com Deus, porque só o melhor acontece pra mim.
* Eu vou com Deus; o que eu não souber, Deus me inspira na hora.
• Deus faz as coisas do jeito certo,
• *De alguma forma, a coisa vai ser boa, está tudo bom. Tudo, tudo é bom.
• *Tudo está sempre dando no bem, de um jeito ou de outro.
Por que vou acreditar numa porcaria de uma ilusão? Quem quiser criar ilusão vai ter que dormir na cama que arrumou. Não vou maliciar, não. Estou confiando em Deus e estou no bem, tão bem que a pessoa mal intencionada não vai se sentir bem do meu lado e vai embora. A minha energia de bem vai espantá-la, ou ela vai me respeitar, porque eu sou só o bem.
O bem é isso: é a maior defesa. Não tem outra defesa, não. A maior defesa do ser humano é o Bem Maior, o bem positivo. Agora esse bem negativo que você chama de mal necessário é conversa de gente masoquista, de gente ignorante. Aqui não tem nada disso, não.


PRECE INDÍGENA



Prece Indígena 



Um homem sussurrou: Deus fale comigo!
E um rouxinol começou a cantar
Mas o homem não ouviu.


Então o homem repetiu:
Deus fale comigo!
E um trovão ecoou nos céus
Mas o homem foi incapaz de ouvir.


O Homem olhou em volta e disse:
Deus deixe-me vê-lo
E uma estrela brilhou no céu
Mas o homem não a notou.


O homem começou a gritar:
Deus mostre-me um milagre
E uma criança nasceu
Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.



Então o homem começou a chorar e a se desesperar:
Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo…
E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro
O homem espantou a borboleta com a mão e desiludido
Continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

SENTA QUE LÁ VEM CONVERSA - SOBRE A INVEJA



SOBRE A INVEJA

Por Iara de Oliveira Rocha


É muito chato ser vítima de invejosos, mas analisando alguns comportamentos
fico pensando que é muito mais chata a posição do invejoso.
O descontentamento do invejoso deve ser muito desagradável, 
e cheguei a conclusão que o tanto que o invejoso te deprecia
 é diretamente  proporcional as qualidades que o cegam de ódio.
Deve ser muito frustrante para o invejoso saber que sua 
admiração pelo ser invejado chega ao ponto de odiar  
por não crer ser capaz de desenvolver as mesmas qualidades. 
Imaginem quanto pior deve ser invejar uma pessoa amiga 
e viver entre o amor e o ódio já que tais sentimentos possuem 
uma linha tênue entre eles. Portanto fique atento a certos 
comportamentos de pessoas ditas amigas se o padrão de críticas
 forem muito altos. Será realmente que o que move tal padrão
 não é a raiva de saber que não cultiva tais  características e 
porque se acha incapaz de desenvolve-las? É tão mais comum 
do que se pensa tal comportamento! A pessoa te critica mas na 
primeira oportunidade compra uma roupa parecida com a sua,
 te critica mas assim que pode vai atrás de fazer , 
senão a mesma coisa, algo muito parecido. 
Aí você pensa, nossa me criticou tanto agora tá fazendo igual?
 Esta pessoa deve ser bipolar; as vezes não sofre de nenhum transtorno
 psiquiátrico, apenas de uma estima doente e patológica, ou tem
 complexo de inferioridade, ou foi completamente aniquilada na 
infância, ou seja ela não é livre; é escrava dos velhos 
conceitos, e ranços de uma infância infeliz. Desfila carregando
 pesadas correntes de um  passado do qual não conseguiu
 se curar. 
Diante de uma pessoa assim você tem normalmente duas opções:
-Afastar-se completamente.
-Ter misericórdia.
Sim meus amigos ter MISERICÓRDIA que de acordo com os 
dicionários quer dizer :Sentimento de pesar ou de caridade 
despertado pela infelicidade 
de outrem; piedade, compaixão.
Ao invés de se irritar, e principalmente ao invés
de se entristecer, de baixar o nível de sua auto-estima, 
pense calmamente o quanto deve ser
frustante ver aquela pessoa falastrona, cheia de verdades sobre o certo 
e errado no mundo. Ver aquela pessoa tão auto-proclamante de suas 
próprias qualidades, porque normalmente estas pessoas empavonam-se
 em exaltar as próprias qualidade ou de sua família tão magnífica, 
Ser uma criatura deprimente recalcada cheia de mágoas, 
cheia de frustrações, diminuída pelos traumas que carrega, 
cansada da farsa em que se obriga a viver.
Portanto como diria Salvador Dali "O termômetro do sucesso 
é a inveja dos descontentes",  é nisso que devemos nos ater.
 Quanto mais minha luz brilha, mas cego de ódio fica o invejoso.
Quanto mais ódio tiver o invejoso mais ele tentará nos atacar. 
A inveja nada mais é do que uma declaração de incompetência.

Beijokas

Iara de Oliveira Rocha





ANDORINHAS E OS OUTROS PÁSSAROS



Andorinhas e os outros Pássaros

La Fontaind


Uma andorinha bem viajada muito aprendeu por onde andou: quem muito viu tem muitas lembranças guardadas. Acabou se diferenciando dos outros pássaros: tinha uma sabedoria que os outros não tinham e desenvolvera a capacidade de prever os perigos, por menores que fossem. 

Um dia, ao ver o camponês semear o cânhamo, ela sentiu o perigo que ameaçava os pássaros. Reuniu todos e os alertou sobre a ameaça que pairava sobre eles: as maquinas, as armadilhas, os homens querendo matá-los ou aprisioná-los em gaiolas.

Os pássaros zombaram dela dizendo que era nos campos que encontravam os alimentos.

Quando as sementes brotaram, novamente a andorinha experiente aconselhou-os:

— Arranquem broto por broto do que o maldito grão produziu, ou pagarão caro pela sua ignorância.

Os pássaros não acreditaram nas palavras da andorinha e chamaram-na, zombeteiramente, de profetisa do azar, de língua sem trave. Mas a sábia andorinha insistia:

— Colocarão armadilhas e vocês serão presos, pois, diferentemente dos patos e das outras espécies que migram, vocês não têm condições de procurar outros mundos. Não fiquem confusos, às tontas: recolham-se aos ninhos, ou mudem de clima. Façam como as cegonhas: no final das contas, fujam pelo alto, por cima. Não tentem caminhos incertos: escondam-se nalguma brecha da parede.

Os pequenos pássaros ouviam sem nada entender, assim como os troianos ouvindo a sibila prever o triste final que os aguardava.

Dito e feito: um numero enorme de aves o homem encarcerou.

Só se escuta o que se acha mais conforme, e só se crê no mal quando ele já chegou.


ATRAVESSANDO O RIO DA DISCÓRDIA



História: Dois monges atravessando o Rio da Discórdia



Dois monges se preparavam para atravessar um rio, conhecido como o Rio da Discórdia, antes de subirem uma montanha, chamada de Montanha da Fé.

Um deles era novo e o outro velho.

Ao chegarem às margens do rio, os religiosos ficaram ao lado de uma moça muito bem vestida, que também queria chegar ao outro lado do rio, mas com um detalhe: sem se molhar!

Com um olhar, ela pediu ajuda ao monge mais novo.

Este desviou o olhar e seguiu pelo rio.


A mulher arrumou os cabelos, se abanou com um leque e dirigiu o seu pedido de ajuda com um profundo olhar para o monge mais velho.

Este não teve dúvida: pôs a moça nos ombros e atravessou o rio, carregando-a.
Do outro lado, satisfeita e seca, ela agradeceu o velho e olhou o novo com desdém. E o novo olhou com indignação e raiva para o velho! O monge retribui aos dois com um olhar de compaixão e tranquila alegria. Nem é preciso dizer que aquilo irritou ainda mais o mais novo!

Os monges continuaram seu caminho rumo a Montanha da Fé. O novo carregava um semblante pesado e carrancudo e o velho levava com ele sua expressão de leveza e serenidade.

De acordo com as regras de sua fé, os monges não deveriam tocar as mulheres. Caminharam por horas, mas o monge mais novo ainda estava perplexo com a atitude do mais velho. Quando chegaram ao pé da montanha da fé, o jovem não aguentou mais e expressou seus pensamentos em voz alta:

- Você sabe muito bem que os monges não devem tocar as mulheres! Por que carregou aquela moça pelo rio?

- Naquele momento, julguei que ajudar um outro ser humano sem julgá-lo fosse mais importante do que não tocá-lo. No entanto, eu larguei a jovem três horas atrás e a deixei às margens do rio. Por que você continua carregando a moça?

PASSES ENERGÉTICOS - APLICAÇÃO



A APLICAÇÃO DOS PASSES

 CLAUDIA BAIBICH

Um dos momentos mais importantes de um trabalho mediúnico é a aplicação de passes nas pessoas da assistência, especialmente nos trabalhos de cura da Linha do Oriente.
Abaixo explicações teóricas sobre a aplicação de passes, segundo a doutrina espírita, mais que pode ser adaptada aos trabalhos de Umbanda.
Já que em todos os Terreiros, os médiuns incorporados ou não, aplicam 
passes nos membros da assistência.

Em "A Gênese - Capítulo XIV - item 33", Allan Kardec nos demonstra que a ação magnética pode produzir-se por diversas formas:


Pelo próprio fluido do magnetizador (passista).
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado).
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado) combinando com os fluidos do magnetizador (passista).

Também devemos considerar o passe em relação aos seguintes fatores:

Distância
Perto (em torno de 25 cm) - ATIVANTE
Longe (a partir de 30 cm) - CALMANTE
Velocidade
Lento - CONCENTRADOR (Quanto mais lento mais concentra)
Rápido - DISPERSIVO ( Quanto mais rápido mais dispersivo)

O concentrador ajuda a "incorporação", enquanto o dispersivo, evita que a manifestação ocorra.

Tipos de Passes
A ação magnética pode produzir-se de várias maneiras; assim é que classificamos os passes em:

Espirituais
Magnéticos
Mediúnicos
Mistos

Espirituais
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida pelo Espírito que veio assisti-lo.

Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do nosso anjo da guarda.

Os Espíritos se utilizam dos seus próprios fluidos e atuam diretamente e sem intermediários sobre encarnados. Os fluidos são manipulados pelos Espíritos passistas, que se utilizam de seus próprios fluidos, dos fluidos dos auxiliares, de fluidos da Natureza, tais como plantas medicinais e, também de fluidos de médiuns à distância.

Magnéticos
É o tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no próprio corpo espiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o próximo.

No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Como vimos, isso acontece porque os Espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176:

"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".

Transmitidos pelo médium que doa de seus próprios fluidos, de sua própria força irradiante, de suas energias fluídicas.

Magnetizador é aquele indivíduo saturado de fluido vital e que através da vontade - atributo essencial do espírito - usa seu fluido magnético, atua sobre ele, dando-lhe as qualidades necessárias.

No caso do passe magnético não é o fluido dos espíritos desencarnados, apenas eles atuam fortalecendo a vontade do doador.

Pesquisando as teorias kardequianas, vamos encontrar na Revista Espírita - ano VII - janeiro de 1864 - página 7, importante estudo, que elucida um pouco mais o assunto:

"...Em geral o que magnetiza (passista) não pensa senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus cuidados. Sem se ocupar se há ou não uma Providência interessada no caso, tanto ou mais que ele. Agindo só, não pode obter senão o que a sua força, sozinha, pode produzir; ao passo que os médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus e a reconhecer que, por si mesmos, nada podem... Esse socorro que envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido benéfico que é transmitido ao doente... e que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium. Ao passo que o magnetizador (passista) ordinário se esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição de mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos".

Mediúnicos
O médium serve de veículo para os fluidos que os Espíritos derramam sobre ele. É o magnetismo misto, em que se combinam os fluidos humanos e espirituais.

Nesse passe, o médium fica em estado de transe, é envolvido pelo Espírito ou Espíritos e trabalha mediunizado. É desaconselhado este tipo de passe, pela perda parcial da vigilância necessária à boa condução dos trabalhos.

Mistos
São os passes, normalmente usados nas Casas Espíritas, por envolvem o magnetismo das pessoas, a presença dos Mentores da Casa e a presença do próprio Guia do passista, sem que haja a incorporação.

Formas de Aplicação
Poderemos conhecer as técnicas de passe que são usadas no mundo espiritual e que são descritas nas obras de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda.

Passe de Sopro - Insuflação (quente - frio) (André Luiz - Os Mensageiros - Cap. 19);
Rotatório - Circular - (André Luiz - Missionários da Luz - Cap. 19);
Dispersão - (André Luiz - Ação e Reação - Cap. 3) e (Manoel Philomeno de Miranda - Grilhões Partidos - Cap. 15)
Longitudinal - (André Luiz - Missionários da Luz - Cap. 19);

Podemos classificar as formas de aplicação em várias categorias a saber:

Imposição das mãos;
Longitudinais;
Transversais
Rotatórios;
Perpendiculares Imposição dupla ou simples;
Passes de sopro, quente ou frio
Dispersivos
que se dividem em:
Transversais cruzados
Rotatórios ou Circulares cruzados
De sopro
Passe incorporado

Analisemos cada um:

Imposição de Mãos


É sempre concentrador de fluidos. Pode ser dado com uma ou com as duas mãos, em um centro de força ou outro ponto qualquer. As mãos devem estar sem concentração de força, sem contração muscular e sim "soltas". Os passistas podem ser digitais ou palmares. Não faz a menor diferença. O importante é não contrariar sua natureza. Os tumores e inflamações respondem bem aos concentrados ativantes. É bom lembrar que as curas instantâneas são muito raras.

Longitudinal
São aqueles feitos ao longo do corpo, da cabeça aos pés e de cima para baixo, com as mãos abertas e os braços estendidos, normalmente, sem nenhuma contração.Com pequenas e sutis pausas em cada Centro de Força. Quando usado como dispersivo é aplicado sem pausas, direto da cabeça aos pés.

Transversais
Estes passes são bons mas apresentam algum inconveniente se usados na câmara de passes, junto a outros passistas. Estende-se os dois braços para diante, as palmas para baixo, assim como os polegares e vai abrindo rapidamente os braços, no sentido horizontal, depois volta, com bastante energia a posição original. Isto deve ser feito, na cabeça, no peito, no estômago, no baixo ventre e nos pés.

Rotatórios ou Circulares
São executados com as palmas das mãos girando suavemente, da direita para a esquerda e vice-versa. São também conhecidos como fricções sem contato.

Perpendiculares
São aplicados com o paciente de pé. Estende as mãos sobre a cabeça do paciente, descendo-as, rapidamente, pela frente e pelas costas, ficando o passista de lado para o paciente.

Imposição dupla: Sem dúvida esta é a forma mais simples e mais comum. Estende-se as mãos sobre a cabeça ou outra parte do corpo. O passista deve ficar em profundo estado de concentração e oração.
Imposição simples: A mesma coisa de imposição dupla, apenas feita com uma mão. A outra pode fica estendida ao lado do corpo ou posicionada acima do Centro Coronário.

Sopro ou Insuflação
Esta modalidade de passes requer do passista cuidados especiais e rigorosos. É um passe rigorosamente curativo ou dispersivo, conforme a intenção da aplicação. É aplicado com a boca mais ou menos aberta, sobre as partes afetadas, insuflando ali, vigorosamente. Para que seja eficiente, é necessário que o passista as aspire ar, em grande quantidade, dilatando o tórax, para os sopros frios, ou dilatando o estômago, para os quentes. O passista deve ter boa capacidade respiratória, hálito saudável, estômago livre de emanações pesadas, Mente e palavras limpas, moralmente.

Os passes de sopro se dividem em:
Estimulantes;
Curativos;
Quentes;
Cicatrizantes Frios;
Calmantes;
Descongestionante;
Revigorantes;
Dispersador de fluidos

O sopro quente sai da boca do passista saturado de fluidos curadores, umedecido pelos vapores aquecidos pelas mucosas do estômago. Aproximar a boca do local, sem repugnância ou medo do contágio e assoprar vigorosamente. Pode-se, em casos mais repugnantes, cobrir o local com uma gaze.

O sopro frio é executado a 30cm. ou até mais de um metro. Aspira-se o ar, enchendo o tórax e soprando com os lábios quase fechados. Esta técnica é usada em pacientes que incorporem durante o passe.

Os dispersivos já exemplificamos a respeito. Relembrando: "Transversais cruzados", "Rotatórios ou Circulares cruzados" e "Sopro frio", são os mais usados.

Passe Incorporado
O passe incorporado não tem motivo para ser aplicado. Os espíritos fazem circular os fluidos pelos médiuns para o paciente. Quando o espírito necessita atuar diretamente, ele não necessita de médium. Isto gera um inconveniente pois pode acontecer de o médium estar envolvido pelo obsessor do paciente e em vez de ajudar, prejudicá-lo.

Classificação em Relação aos Centros Espíritas

Nas Casas Espíritas, como classificação de trabalho, eles podem ser:
Individuais;
Coletivos;
Padronizados;
Livres;
À distância e
Em domicílio.

Fluidoterapia - Explicações necessárias

A fluidoterapia é uma técnica que os médiuns, usando fluidos energizados, utilizam para o tratamento das enfermidades físicas e espirituais. Aplicados sobre o perispírito, eles são absorvidos à semelhança de uma esponja. É a conhecida terapia do passe, praticada nos centros espíritas.

As operações espirituais também pertencem a esta área de serviços porque são atividades ligadas à manipulação de fluidos humanos e espirituais. Classificam-se, porém, como fenômenos de características próprias. Por estarem intimamente ligadas à mediunidade curadora, a equipe envolvida nesse trabalho deverá ter, entre seus membros, um ou mais médiuns curadores.

Estes trabalhos são assistidos por entidades desencarnadas, ligadas ao campo da medicina, conhecedoras de particularidades relativas à saúde físico-espiritual dos pacientes e à lei de causa e efeito.

Quando se considera o serviço de passe convencional, a magnetização dos pacientes não exige nenhuma condição especial para se realizar. Qualquer trabalhador ou Espírito esclarecido poderá ministrá-los com bom aproveitamento, sem maiores exigências. Já na cirurgia perispiritual ela só será concretizada com a presença de médiuns curadores no ambiente, assistidos por Espíritos de médicos desencarnados Pode-se dizer que os papéis do médium curador e dos Espíritos cirurgiões seriam os mesmos do farmacêutico e dos médicos. Enquanto o papel do primeiro é o de ministrar a medicação (fluidos e energias humanas), o desses últimos é o de examinarem cada caso, fazer diagnósticos, prescrever tratamentos fluídicos e, se necessário, realizar cirurgias nos tecidos perispirituais.

Enquanto do lado de cá bastam a imposição de mãos, a prece fervorosa, a conduta moral sadia e a disciplina mediúnica, do lado de lá se desenrola a complexidade das tarefas curativas: a desobsessão (em alguns casos), os procedimentos cirúrgicos, a escolha e seleção de elementos fluídicos a serem utilizados e o estudo das possibilidades de cura ou melhoria das doenças do paciente, frente às suas necessidades evolutivas.

Fechando o Assunto
Passe magnético misto:
Por imposição da(s) mão(s), individual (um passista para cada paciente), sem toque, onde são utilizados os fluidos do médium mais os fluidos dos Espíritos, em favor do processo de cura, inclusive para os grupos de tratamento de desobsessão, que se opera no perispírito e no plano espiritual. Esse processo chama-se fluidoterapia, ou seja, tratamento pelos fluidos, de responsabilidade dos Espíritos.
Passe espiritual:
Aplicado diretamente pelos Espíritos do auxílio magnético, dispensando a presença do médium.
Passe coletivo:
Dado coletivamente numa assembléia (um passista para vários pacientes), com a manipulação dos fluidos a cargo dos Espíritos.
Passe à distância:
É uma modalidade de irradiação muito usada nas Casas Espíritas e que exige prévio aviso àquele que vai receber (nome, endereço, doença, dia e hora da mentalização), com a finalidade de estabelecer sintonia entre o médium que o administra e aquele que o recebe.
Autopasse:
É o passe dado em si mesmo; a prece fervorosa produz efeito de uma magnetização, não só chamando a ajuda dos bons Espíritos, mas dirigindo ao pedinte uma salutar corrente fluídica.
O sopro:
Na visão de André Luiz, embora seja estimulante e eficaz como processo terapêutico, ele só é recomendável àqueles que se enquadram nas regras de boa saúde e higiene, conforme exposto na obra Os Mensageiros.
Essa ressalva é necessária, uma vez que nem todos possuem um organismo (em especial a boca) realmente sádio.

A prece como autopasse

Assim como o homem através dos seus fluidos pode influenciar o seu semelhante, presente ou a distância, pode também agir sobre si mesmo.

O autopasse requer concentração para poder colocar-se na posição de receptor. A seguir, é necessária a meditação e a prece fervorosa. Segundo André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, "A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai".

A prece fervorosa, associada à fé na ajuda espiritual, acelera as nossas vibrações, facilitando a ligação com os benfeitores.

A prece impulsiona nossas energias para o alto e atrai as energias espirituais que, somadas às nossas, voltam sobre nós, trazendo fluidos renovadores, a fim de conseguirmos operar com eficiência em favor do próximo. E assim, ajudando, somos também ajudados.


OS PASSES NA UMBANDA

Os passes na Umbanda são direcionados pela entidade incorporada ao médium e os movimentos, duração e intensidade variam de entidade para entidade e de acordo com o caso em questão e o tipo de trabalho realizado.
Os passes podem ser aplicados por entidades de todas as linhas: Caboclos, Pretos Velhos, Erês (crianças), Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Mestres e guias do Oriente, Exús e Pombas Giras. Embora alguns dirigentes não usem com a frequência que deveriam os passes dos Guardiões, o que é uma pena, pois quem recebe um bom passe dessas entidades, sente-se leve, descarregado e altamente revigorado.

ALIENAÇÃO PARENTAL



ALIENAÇÃO PARENTAL

O que é a Alienação Parental 

Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner [3] em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor. 

Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.

O Genitor Alienante

Exclui o outro genitor da vida dos filhos

Não comunica ao outro genitor fatos importantes relacionados à vida dos filhos (escola, médico, comemorações, etc.).
Toma decisões importantes sobre a vida dos filhos, sem prévia consulta ao outro cônjuge (por exemplo: escolha ou mudança de escola, de pediatra, etc.).
Transmite seu desagrado diante da manifestação de contentamento externada pela criança em estar com o outro genitor.
Interfere nas visitas

Controla excessivamente os horários de visita.
Organiza diversas atividades para o dia de visitas, de modo a torná-las desinteressantes ou mesmo inibí-la.
Não permite que a criança esteja com o genitor alienado em ocasiões outras que não aquelas prévia e expressamente estipuladas.
Ataca a relação entre filho e o outro genitor

Recorda à criança, com insistência, motivos ou fatos ocorridos que levem ao estranhamento com o outro genitor.
Obriga a criança a optar entre a mãe ou o pai, fazendo-a tomar partido no conflito.
Transforma a criança em espiã da vida do ex-cônjuge.
Quebra, esconde ou cuida mal dos presentes que o genitor alienado dá ao filho.
Sugere à criança que o outro genitor é pessoa perigosa.
Denigre a imagem do outro genitor

Faz comentários desairosos sobre presentes ou roupas compradas pelo outro genitor ou mesmo sobre o gênero do lazer que ele oferece ao filho.
Critica a competência profissional e a situação financeira do ex-cônjuge.
Emite falsas acusações de abuso sexual, uso de drogas e álcool.


A Criança Alienada:

Apresenta um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família.
Se recusa a dar atenção, visitar, ou se comunicar com o outro genitor.
Guarda sentimentos e crenças negativas sobre o outro genitor, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a realidade.
Crianças Vítimas de SAP são mais propensas a:
Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
Cometer suicídio.
Apresentar baixa auto-estima.
Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado.


Como parar a Alienação Parental?

Busque e Divulgue Informações

A síndrome da alienação parental é um tema bastante discutido internacionalmente e, atualmente, no Brasil também é possível encontrar vários sites sobre o assunto [Sites Sobre SAP], bem como livros [Livros] e textos [Textos sobre SAP].

Tenha Atitude

Como pai/mãe
Busque compreender seu filho e proteja-o de discussões ou situações tensas com o outro genitor.

Busque auxílio psicológico e jurídico para tratar o problema. Não espere que uma situação de SAP desapareça sozinha.

Lembre-se

A informação sobre a SAP é muito importante para garantir às crianças e adolescentes o direito ao desenvolvimento saudável, ao convívio familiar e a participação de ambos os genitores em sua vida.

A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz conseqüências nefastas para as gerações futuras.

Pai e Mãe, os filhos precisam de ambos!

Estatísticas sobre a Síndrome da Alienação Parental

80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental. [1]

Estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência [2]
Referências

[1] CLAWA, S.S.; RIVIN, B.V. Children Held Hostage: Dealing with Programmed and Brainwashed Children. Chicago, American Bar Association, 1991.

[2] Dados da organização SplitnTwo [www.splitntwo.org].

[3] Gardner R. Parental Alienation Syndrome vs. Parental Alienation: Which Diagnosis Should Evaluators Use in Child-Custody Disputes?. American Journal of Family Therapy. March 2002;30(2):93-115.

Saiba Mais

Textos sobre Alienação Parental: Textos sobre SAP
Conheça Associaçãos e Organizações que lutam contra a SAP: Sites Sobre SAP

terça-feira, 28 de maio de 2013

SENTA QUE LÁ VEM CONVERSA - ATOS E CONSEQUÊNCIAS



ATOS E CONSEQUÊNCIAS

por Iara de Oliveira Rocha


Penso que um dos maiores erros da educação atualmente,
seja não ensinarmos as crianças que todas a ação tem uma
reação de maior ou menor intensidade.
Todas as vezes que tomamos uma atitude a respeito de 
qualquer coisa, liberamos no Universo uma cadeia de 
acontecimentos. 
Na escola aprendemos isto nas aulas de física, mas por algum
motivo não levamos em consideração os princípios, 
quando se trata da vida emocional, profissional,
em família e com os amigos.
Então liberamos para o mundo um pequeno tirano que 
acha que tudo pode, que todos estão no planeta para
servi-los.
E nós sabemos que o mundo não é pai, nem mãe, muito menos avó.
Então o que estamos fazendo com as crianças é um desserviços tanto
para a humanidade, e principalmente para eles próprios.
Acho que esta situação ficou pior com a geração que vai está nascendo
até numa faixa de 35 anos. Talvez o complexo de culpa por darmos
a eles pouco tempo, ou pouca atenção. Então tentamos compensar
com excesso de mimos, e comprando-os com bens materiais.
Acho que é chegada a hora de repensarmos se queremos que eles
aprendam conosco e com nosso amor. Ou com as porradas que a vida
fatalmente dará.

Beijinhos
Iara de Oliveira Rocha

ÁGUA



ÁGUA

Masaru Emoto


Nós, seres humanos, somos compostos de 70% de água!

Se um simples obrigado muda uma molécula de água, imaginem o que pode fazer as palavras que chegam
e emanam do ser humano, em nossos corpos carregados de água!!!
Preces em qualquer religião, palavras de amor de qualquer povo, fraternidade de qualquer cultura,
encorajamento de amigos, conselhos de amor e retidão de pais e professores.
Se acontece fora do nosso corpo, ocorrerá dentro dele também!

Da mesma forma, qualquer palavra resultado de um sentimento de ódio, inveja, vingança, etc...
carrega uma energia e vibração má e destrutiva que é captada pela água, e também pelos líquidos
daqueles que recebem estas palavras, podendo resultar em doenças!

Mas não só aos outros faz mal a palavra proferida, pois vibra mais forte naquele que a produziu,
causando mal maior nele próprio, captada em sua própria água orgânica!

Porém, se nossos pensamentos e sentimentos, antes de virarem palavras e ações, forem de amor,
verdade, retidão... conseguiremos reestruturar nossas vidas, dando-lhes felicidade, saúde e beleza interior!

Qual a molécula que nós queremos dentro de nós?

A molécula dos bons sentimentos,
ou a dos sentimentos poluídos??



Reflita nisto: tomar água é necessário à vida, porém tê-la em uma vibração superior,
uma cristalização superior, depende principalmente de nós mesmos.
De nossos pensamentos, sentimentos, e... palavras!

A GRANDEZA DO MAR



A GRANDEZA DO MAR

Paulo Roberto Gaefke
 livro "Quando é preciso Viver" 


Você sabe por que o mar é tão grande?
Tão imenso? Tão poderoso?
É porque teve a humildade de colocar-se alguns centímetros
abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou-se grande.
Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios,
não seria mar, mas sim uma ilha.
Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.
A perda faz parte.
A queda faz parte.
A morte faz parte.
É impossível vivermos satisfatoriamente.
Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber viver.
Se aprenderes a perder, a cair, a errar, ninguém mais o controlará.
Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
E isto você já sabe.

Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade
o ganho e a perda, o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte.

A GENTE SE ACOSTUMA


A GENTE SE ACOSTUMA
Marina Colassanti



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

MORRE DEVAGAR



A MORTE DEVAGAR
Martha Medeiros


Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

DESEJOS



"DESEJOS" ou "OS VOTOS"


Sérgio Jockymann

Pois, desejo primeiro que você ame e que amando, também seja amado,
E que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos e que, mesmo maus e inconsequentes, sejam corajosos e fiéis,
E que em pelo menos um deles você possa confiar, que confiando, não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos, nem poucos,
mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiadamente seguro.

Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituivelmente útil, mas razoavelmente útil.
E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que essa tolerância, não se transforme em aplauso nem em permissividade,
Para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.

Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que, sendo velho, não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
E é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.

Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo, nem em um mês e muito menos numa semana,
Mas apenas por um dia. Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom,
o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra, com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo,
Talvez agora mesmo, mas se for impossível, amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes,
E que estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.

Desejo ainda que você afague um gato, que alimento um cão e ouça pelo menos um joão-de-barro erguer
triunfante o seu canto matinal;
Porque assim você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente, por mais ridícula que seja, e acompanhe o seu crescimento dia-a-dia,
para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático.
E que, pelo menos uma vez por ano, você ponha uma porção dele na sua frente e diga:
"Isso é meu". Só para que fique bem claro quem é dono de quem.

Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal,
não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que esse frugalismo não impeça você de abusar quando o abuso se impõe.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você,
Mas que, se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.

Desejo, por fim, que sendo mulher, você tenha um bom homem,
E que sendo homem, tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez,
E novamente, de agora até o próximo ano acabar,
E que quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda tenham amor para recomeçar.

E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar.