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quinta-feira, 6 de junho de 2013
POBRE DE MIM - CALUNGA
POBRE DE MIM
Calunga
Quanta gente sofre sem necessidade. Sabe qual o maior problema do pobre de mim?
Quando você diz:
- Sou coitado. Eu não tenho poder, eu não tenho jeito, eu não tenho, eu não tenho...
Você fecha interiormente as portas dos recursos que estão no inconsciente e que
deveriam emergir nesse momento. Em vez de dar força e trazer para fora o poder,
a criação, a cura, a solução, você acaba fechando e ficando naquela posição miserável,
dando cada vez mais passagem para aquilo que o está atormentando, que está lhe fazendo mal.
A gente tem que parar com esse vício. Você já viu alguém com pobre de mim resolver
algum problema, sair de uma situação feia para outra melhor? Eu nunca vi.
Mas a gente se acha no direito de dizer:
- Ah, porque coitado de mim, só eu faço tudo, só eu sou assim...
Cai no pobre de mim, que é a mesma coisa que o desespero.
Tem gente que gosta de ficar desesperada. Qualquer coisa faz escândalo.
Há pessoas que agem sem pensar e sem observar a vida. Estão errando e estão fechando
os olhos. E, quando se vêem num beco sem saída, fazem escândalo com se isso fosse
consertar a vida delas. Mas como a vida é eterna, se mate ou não, tudo continua,
até para pior.
Por que você não vira uma pessoa inteligente de uma hora para a outra? Use sua inteligência
que Deus lhe deu. Diga:
- Que desespero que nada! Nada merece tanta atenção assim. Nada merece estragar as
coisas da minha vida. Se uma coisa não está bem, o resto pode estar. Eu não sou o coitado.
Sou uma fonte de poder e de conhecimento. Tudo dá muito certo na minha vida.
Tudo está a meu favor. Está tudo bom - eu grito. Aí vai ficando bom mesmo,
porque a gente puxa as forças positivas.
Calunga (Luiz A. Gasparetto texto do livro Um dedinho de prosa.)
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