sexta-feira, 12 de julho de 2013

DEFUMAÇÃO DE AMBIENTES









DEFUMAÇÃO

Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas. Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência do período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas rituais aos deuses. Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas aromáticas tinha, entre outros, efeitos alucinógenos, estimulantes e calmantes. Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e passado a centenas de gerações de xamãs.
As plantas aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).
Egípcios
A antiga civilização egípcia era devotada em direcionar os sentidos em direção ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. Inicialmente, sacerdotes e sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais, queimados como incenso. Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, podemos ver com freqüência umafumaça que sai de um pote, ou um incensário horizontal muito parecido com os atuais. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras distantes incenso, sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram exigidos como tributo aos povos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas, gomas, resinas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.
Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado, e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Se queimava muito incenso nas cerimônias do templo, durante a coroação dos faraós e rituais religiosos. Se queimavam também em enterros, para neutralizar odores e afugentar maus espíritos. Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos, e acreditavase inclusive que pudesse reavivar a sexualidade dos mortos.
Sumérios e Babilônios
É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumérios tiveram uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muita da literatura dos seus antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também. Madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo e outras, eram oferecidas às divindades. O incenso de mirra, que não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizados posteriormente pelos babilônios. Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos. O Baru era um sacerdote babilônio esperto na arte da adivinhação. Acendiase incenso de madeira de cedro e acreditavase que a direção que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça moviase para a direita o êxito era a resposta, se movia-se para a esquerda a resposta era o fracasso.
Hindus e Budistas
A Aromaterapia tem sido uma parte essencial do ritual religioso Hindu desde o tempo dos Vedas, cuja idade pode ser estimada em 5.000 a.C. O incenso favorece um estado meditativo, por isso ele também foi incorporado pelos budistas, que são naturalmente avessos a rituais externos. É usado na iniciação de Lamas e Monges, e é oferecido aos bons espíritos nos cultos diários.
Gregos e romanos
Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e deusas. Queimavam o incenso como obrigação e para proteção das casas. Em Roma usavase nas ruas e em especial na adoração do Imperador. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos que no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essências aromáticas pelas pessoas, com temor de não se ter suficiente incenso para queimar nos altares das divindades.
Nativos americanos
Os nativos americanos vivem em harmonia com a terra, reverenciamna como geradora de vida. Desde muito eles conhecem as propriedades de cura das plantas de poder, usadas em tendas de suor, dança do tambor etc. Queimase sálvia branca, cedro, pinho e resinas para limpeza de objetos de poder e rituais de adoração. É usada para a saúde e o bemestar da tribo. Na América do sul resina aromática de copal é oferecida ainda hoje pelos descendentes Maias e Astecas para suas divindades ancestrais.
Judeus
De acordo com o Zohar, oferecer incenso é a parte mais preciosa do serviço do Templo para os olhos de Deus. A honra de conduzir este serviço é permitida somente uma única vez na vida. Dizse que quem teve o privilégio de oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para sempre, neste mundo e no seguinte.
Católicos
Como esquecer a historia maravilhosa dos três Reis Magos, que presentearam com o Líbano e Mirra o Mestre Jesus, quando ele nasceu? Essas resinas aromáticas são presentes mágicos, são incensos de alta importância e fragrância. Em varias igrejas católicas, misturas de incensos contendo resinas de Líbano e Mirra são queimados durante os rituais.
A fumaça aromática
Hoje percebese um aumento do interesse pelos incensos naturais de antigamente, e isso se deve ao fato que querermos que nossa casa seja um lugar mais aconchegante, convidativo e mais agradável. Infelizmente incensos comerciais raramente contém resinas ou óleos essenciais, e são feitos com essências sintéticas, carvão e derivados de petróleo que, na verdade, não trazem grandes beneficios. Prefira os feitos com sândalo (sandalwood) ou serragem (sawdust powder).
Várias pessoas associam incensos com rituais religiosos ou espiritualidade; realmente várias religiões usam fumaça aromática em seus rituais e suas cerimônias. A fumaça que sai do incenso é usada para santificar, purificar ou abençoar, e acreditase que a fumaça é o mensageiro para o reino dos céus. Nossos ancestrais faziam uso de incensos em suas casas porque pensavam que podiam protegêlos das pragas e doenças. Essa teoria possui alguma verdade: incensos feitos de ervas, incluindo tomilho e capim limão, há muito são usados por suas propriedades antisépticas e curativas. Estas e outras ervas eram queimadas em quartos de doentes, em hospitais, antes da descoberta dos antibióticos. Quando queimamos incensos naturais, moléculas de óleos essenciais são soltas no ar. Então elas acham seu próprio caminho, pelo sistema olfativo ou pelos poros da pele, e atuam no cérebro, onde se processam efeitos químicos que podem mudar seu ânimo, evocar boas memórias e lembranças. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular e aumentar nossa energia, nos levando para um momento de paz e tranquilidade.
DEFUMAÇÃO DE DESCARREGO – Serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam qualquer ambiente, tornando-o carregado e ocasionando perturbações nas pessoas que neles se encontram. Ervas utilizadas:
ALECRIM DO CAMPO: Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias.
ARRUDA: Descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços.
BELADONA: Limpeza de ambientes
BENJOIM RESINA e CANELA: Limpa o ambiente e destrói larvas astrais.
CARDO SANTO: Defesa, quebra olho gordo
CIPÓ CABOCLO: Elimina todas as larvas astrais do ambiente
FOLHA DE BAMBU: Afasta vampiros astrais
GUINÉ: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
INCENSO: Tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral.
MIRRA: Descarrego forte, afasta maus espíritos
PALHA DE ALHO: Afasta más vibrações
Modo de usar: Varra a casa ou local a ser defumado, acenda uma vela para seu anjo de guarda, depois acenda um braseiro e coloque dentro do mesmo três tipos diferentes de ervas. Defume de dentro para fora, mantendo o pensamento firme de que está limpando sua casa, sua família e seu corpo.
DEFUMAÇÃO LUSTRAL: Além de afastar alguns remanescendes astrais que por ventura tenham se mantido após a defumação de descarrego, esta defumação atrai para o ambiente correntes positivas das entidades, que se encarregarão de abrir seus caminhos. Ervas usadas:
ABRE CAMINHO: Abre o caminho atraindo bons fluidos dando força e liderança.
ALFAZEMA: Atrativo feminino, deixa o lar mais suave, limpa, purifica e traz o entendimento
ANIS ESTRELADO: Atrativo. Chama dinheiro
COLÔNIA: Atrai fluidos benéficos
CRAVO DA ÍNDIA: Atrativo e chama dinheiro e dá força á defumação.
EUCALIPTO: Atrai a corrente de Oxossi
LEVANTE: Abre os caminhos do ambiente
LOURO: Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente
MADRESSILVA: Desenvolve a intuição e a criatividade, favorece também a prosperidade.
MANJERICÃO: Chama dinheiro
ROSA BRANCA: Paz e harmonia
SÂNDALO: Atrativo do sexo oposto e também ajuda a conectar com a essência Divina
Modo de usar: Esta defumação deve ser feita da porta da rua para dentro do ambiente.
Na limpeza, evite escolher ervas com funções diferentes, por exemplo: Levante, Louro e cardo santo, pois duas estão abrindo o caminho, e a terceira (cardo santo) é para limpeza. Isso pode não combinar, por isso primeiro defume a casa fazendo somente a limpeza, de dentro para fora, depois use as ervas para atrair coisas boas (de fora para dentro).
Quando for fazer defumação de café e açúcar, não faça com os 2 juntos; Primeiro defume de dentro para fora com café, jogue as brasas e os resíduos bem longe, depois defume de fora para dentro com açúcar.
Quando for usar Incenso, Mirra e Benjoim, pode-se usar uma quarta erva para limpeza.
Muitas pessoas não podem defumar a casa porque o marido, mulher ou vizinhos não gostam de defumação. Então, para uma defumação mais simples e funcional, faça-a com incensos, seguindo a orientação abaixo:
Limpeza: Olibano, elemi,copal,cravo da índia, junipero, louro cedro, lavanda alecrim, salvia branca, sangue de dragão, sweetgrass.
Coragem: Elemi, sangue de dragão, balsamo do peru, olibano, palusanto, louro, lavanda, cedro, pinho, junipero, salvia branca, tomilho.
Criatividade: Anis estrelado, copal, cravo da índia, mastic, elemi, breuzinho, olibano, capim limão, junipero.
Relaxar: Lavanda, sândalo, vetiver, sandarac, nardo.
Meditação & oração: Sândalo, mirra, olibano, mastic, copal, nardo, Ladano, sangue de dragão, damar, aloes madeira.
Sono: Sândalo, nardo, galbano, mirra, salvia branca, lavanda.
Sonhos: Aloés madeira, mastic, louro, lavanda.
Amor: Sândalo, aloés copal, bejoin, mirra, vetiver, cássia, nardo, rosa patchuli.
Texto de Adriano Camargo

Existem várias maneiras de realizar as defumações, vamos ensinar uma delas que achei bastante
interessante:
Para que a limpeza astral e psíquica de um ambiente seja bem feita e com bons resultados, devem ser feitas sempre duas defumações. A primeira irá limpar o ambiente e a segunda irá imantar este mesmo ambiente.
Antes de iniciar, coloca-se um copo com água sobre folhas de jornal, na porta de saída da casa ou do ambiente a ser limpo. A colocação do jornal é somente para aparar as brasas que ali serão despejadas e o copo com água para apagá-las.
Colocar o carvão para queimar. Para isto usar uma peneira de aço com o carvão dentro e colocá-la no fogo. Deixar o carvão ficar em brasa. Isto é muito importante, pois é a brasa a grande responsável pela absorção de energias negativas! Depositar as brasas em um turíbulo de cerâmica ou metal e iniciar a primeira defumação.
A primeira defumação é realizada do cômodo mais interno da casa para a porta da rua. Deve-se passar em todos os cômodos. Começa-se, por exemplo, nos quartos, passando pela sala, dependências, cozinha, terminando na porta de saída. Esta porta de saída deve ser aquela utilizada pelos moradores da residência para a passagem rotineira. O banheiro, normalmente, não necessita defumação, de vez ser um local por onde corre muita água e aonde normalmente depositamos todos os dejetos do nosso corpo. Já é um local de descarga!
Enquanto estiver realizando a primeira defumação, deve-se fechar as janelas e abrir as torneiras da casa. Este procedimento não permitirá que energias de todas as ordens fiquem dispersas por todos os locais.
Nos dias de hoje, quando a maioria das pessoas mora em apartamentos, cabe-nos preservar a integridade energética de todos os vizinhos. Fechando as janelas, direcionamos estas energias para a água corrente, o que não prejudica a ninguém. Ao terminar, se despeja as cinzas no jornal e joga-se a água por cima. Embrulha-se tudo com o jornal que deverá ser despachado, depois, na sarjeta da rua ou no lixo colocado fora de casa.
Ao fazer a defumação, deve-se entrar no cômodo, ir até o centro e deixar que as ervas queimem um pouco, pedindo para que todos os males sejam afastados. Ao colocar as ervas ou resinas no turíbulo, agradecer àquelas ervas e resinas por realizarem o trabalho de limpeza do ambiente. Depois, ir a um dos quatro cantos e fazer uma cruz, ir então ao canto oposto. Depois ir ao terceiro canto e, por último, ao quarto canto, que deverá coincidir com a porta de saída do cômodo. A defumação é sempre feita em X. Deve-se defumar muito bem atrás de cada porta, pois os cantos escondidos facilitam à impregnação de energias não muito boas, quando o ambiente não estiver em vibrações de paz e harmonia.
É importante notar que, sempre após fazer a defumação em um canto do cômodo, retorna-se ao centro, para então ir ao outro canto. Ao terminar a primeira defumação, espera-se cerca de dez minutos, abre-se todas as janelas e se fecha as torneiras e, após aguardar mais uns quinze minutos, inicia-se a segunda defumação. Coloca-se novamente o jornal com um copo d’água, na saída, com o mesmo fim da vez anterior.
Esta segunda defumação é feita da porta de saída para o cômodo mais interno, ou seja no sentido contrário da primeira. Percorre-se o sentido inverso do realizado anteriormente. Nesta segunda defumação, pede-se para que o ambiente esteja repleto de boas vibrações.
Agora pode-se pedir aos Guias e Protetores que imantem a nossa casa. Ao terminar, deixa-se as ervas e resinas queimarem até o fim, na sala, por exemplo. Depois, leva-se até a porta de saída, despeja-se tudo, joga-se o copo d’água e embrulha-se tudo no jornal.
A segunda defumação tem um caráter não de limpeza de um ambiente e, sim, de imantação do mesmo.
Daí a importância das duas defumações: uma limpa o ambiente, enquanto que a outra o imanta. Os resultados advindos de uma única defumação, no caso de um ambiente doméstico, são imprevisíveis. Podem dar bons resultados ou não.

MATERIAIS A SEREM USADOS NA PRIMEIRA DEFUMAÇÃO:
Dentre estes materiais, escolher três: palha de alho (sendo a do roxo a melhor), pó de café, pó de cânfora (cuidado, pois tem um cheiro muito ativo), fumo de rolo, asa féti (de cheiro muito forte), esterco seco de boi (é o melhor de todos, pois não dá cheiro ruim).

ERVAS E RESINAS A SEREM USADAS NA SEGUNDA DEFUMAÇÃO:
Neste caso a escolha das ervas e resinas dependerá do fim a se alcançar. Normalmente se utiliza as seguintes ervas ou resinas, sempre em número de três ou qualquer número ímpar: alfazema (para harmonização e amorização), alecrim (para se obter consolo e saúde), incenso (para se alcançar as vibrações mais espiritualizadas), benjoim (para se vencer medos e depressões) e mirra (para se obter a prosperidade e fartura).
O incenso, a mirra e o benjoim devem ser importados, de vez que o material nacional vem muito misturado com sebo, o que baixa o nível energético do produto, além de produzir mau cheiro e ser difícil de se manter aceso. Após as duas defumações pode-se se acender incensos em varetas. O uso puro e simples do incenso em varetas funciona somente para aromatização do ambiente. O melhor incenso em varetas é o indiano, de vez ser produzido sob a entonação de mantras.
O horário para a defumação é ao nascer ou ao por do Sol. Em qualquer fase lunar pode ser feita a defumação. O melhor dia da semana é às segundas-feiras, podendo ser realizada em qualquer outro dia. Além da defumação, para a perfeita limpeza da casa, deve-se passar um pano embebido em álcool canforado, em todos os espelhos, no primeiro dia de lua nova. Assim a limpeza psíquica, astral e espiritual da casa estará completa.







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