sábado, 10 de agosto de 2013

HOMENAGEM AOS PAIS - TIGELA DE MADEIRA




TIGELA DE MADEIRA
Autoria desconhecida.


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos 
de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. 
família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o 
atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. 
Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora 
irritaram-se com a bagunça:
- Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai - disse o filho.
- Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta 
e comida pelo chão.
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô 
comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. 
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa 
tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes 
ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam 
eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão. 
O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, 
manuseando pedaços de madeira.
Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que você está fazendo?
O menino respondeu docemente:
- Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer.
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos.
 Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado 
nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas
 mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.
Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. 
E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, 
leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.




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